Auto-Demarcação
monitoramento territorial e design geo-gráfico com a
comunidade xavante de Marãiwatsédé
A terra indígena Marãiwatsédé foi reconhecida pela FUNAI em 1992, mas logo depois foi criminalmente invadida por colonos, o que preveniu que as comunidades xavante originárias deste território retornassem para suas terras até 2013, quando a desintrusão foi finalmente realizada. Diferente de outras T.I.s reconhecidas pela FUNAI, até recentemente não haviam placas sinalizando a demarcação de Marãiwatsédé e atestando a posse xavante deste território.
Em parceria com a ong OPAN – Operação Amazônia Nativa, autonoma realizou uma série de workshops de monitoramento territorial e design gráfico com jovens e adultos da comunidade de Marãiwatsédé para a confecção de placas de demarcação territorial.
Equipe:
Paulo Tavares
Ana Altberg
Magno Silvestri
Parceiros:
OPAN - Operação Amazônia Nativa
oficina de monitoramento territorial e design gráfico em Marãiwatsédé, terra ancestral A'uwe-Xavante
Guiado pelos anciãos, a elaboração destes marcos na paisagem tinham por objetivo atuar como instrumentos de “pedagogia do território”, e ao mesmo tempo garantir a proteção da T.I ao visibilizar a posse da terra. Nomear, marcar, demarcar – elementos fundamentais no processo de (ex)propriação do espaço foram re-significados de forma autonoma e colaborativa como ferramentas de ocupação e monitoramento territorial. Um exercício pedagógico, geográfico e simbólico de auto-demarcação e reconhecimento plasmado na paisagem.